25 de janeiro de 2009

you know frank sinatra?



sei perfeitamente que esta música não é nada de novo, mas este electro frank sinatra é um daqueles "clássicos"... assim sendo, aqui partilho frank sinatra by miss kitten e apenas não resisto a citar a dita música:

"every night with my star friends...
we eat caviar and drink champaigne.
sniffing in the v.i.p. area...
we talk about frank sinatra.
you konw frank sinatra?
is dead!
dead! ah! ah!"


genial! Não?

23 de janeiro de 2009

wonderful wet fog

curioso este nevoeiro que tem embrenhado os últimos dois dias a norte... geralmente este tipo de clima, é quase sempre designado por "períodos de neblina matinal", segundo os senhores da meteorologia, mas certo é que já lá vão 48h disto. não tenho nada contra, muito pelo contrário, tenho uma espécie de obsessão pelo nevoeiro; gosto da indefinição do nosso meio ambiente, de observar os edifícios que aparecem do nada ou então desaparecem dos seus lugares comuns. andar pela rua fora e sentir os pequenos salpicos de água, que mais não são que a própria condensação do ar, quando em contacto com a temperatura mais elevada da nossa pele. diziam-me nos tempos de faculdade que o nevoeiro era o clima indicado para ver/sentir/explorar a melhor arquitectura barroca do porto (na altura ria-me disso), mas agora reconheço que um dia de nevoeiro, é um dia perfeito para visitar algum do património histórico da cidade do porto. pelos contrastes inflamados entre os interiores dourados das igrejas barrocas, com os seus pontos de luz perfeitamente premeditados, por oposição com o cizentismo do granito da sua construção, envoltos numa urbanidade difusa pelo nevoeiro...
escrevo esta breve reflexão, como uma espécie de ode de saudade ao nevoeiro que está lá fora. exacto, escrevi lá fora, o que significa que "estou cá dentro". mais concretamente num ambiente condicionado (malditas máquinas potenciadoras da troca de variadíssimos vírus gripais), nesta que é uma bonita sexta feira à tarde de nevoeiro (nem penso sequer nas rajadas de vento, que segundo a protecção civil podem atingir os 100 km/h), uma vez que estas são meramente um pequeno preço a pagar pela liberdade da entidade patronal despótica e com o seu "q" de regime comunista da coreia do norte, virado apenas e só para seu umbigo.
saber que poderia certamente ser bastante mais feliz lá fora, no designado outside sensorial, apesar da intempérie, tem vindo a povoar o meu imaginário de liberdade. remeto a liberdade para um plano hipotético, pois continuo a sentir-me preso nesta que é a obrigação do mundo do trabalho. de certa forma hoje acabo por estar em género de protesto, assumo que não estou de greve, mas estou apenas a assegurar os serviços mínimos da função que vou desempenhado...

o corpo está a cumprir a sua função, sentado no meu pseudo-cubículo, neste que é um pseudo-open space, teclando alegremente. dou por mim a ter pensamentos destrutivos, por pensar que podia estar em qualquer outro sítio que não este... até mesmo lá fora, em pleno dilúvio de inverno, entre ventos, neblinas e chuva. não consigo digerir mais o rádio sintonizado na rfm da colega ao lado, com os constantes assobios e trejeitos omonotopaicos do colega mais novo da empresa, que tenta acompanhar qualquer música que a merda do rádio debite cá para fora... se o corpo vai cumprindo a função, até porque a mente o conseguiu fazer levantar-se da cama e pegar no carro para cá chegar, a mente divaga pela euforia da aproximação de um fim de semana, perdendo-se com as letras para este blog...

remato com a certeza de que este foi o momento alto do meu dia de trabalho e que lá fora está um wonderful wet fog!

20 de janeiro de 2009

yah! nós podemos!

david rencher, Alabama, 2008
imagem montada com 477 capas de jornais internacionais, com Obama na capa.