21 de dezembro de 2009

fully connected

mas porque é que ainda não me tinha lembrado de partilhar micro audio waves, com aqueles que me vão visitando? não passa de hoje portanto!




micro audio waves > myspace

17 de dezembro de 2009

hoje sinto-me menos sozinho

como consequência da conversa de ontem com o fiel companheiro de rebelião (tu sabes quem és), senti-me menos sozinho neste mundo de palhaçada (ver twitter de hoje); curioso e mais acompanhado fiquei ao ler a crónica no jornal de notícias do mário crespo, de nome o palhaço. é reconfortante saber que alguém com a sua visibilidade, não tem medo de chamar os bois pelo nome, perdão, chamar os palhaços pelo nome.
não necessito de me alongar mais, aqui fica a transcrição na íntegra da dita crónica de mário crespo. o meu obrigado pela esperança que me deste hoje, de que um dia seremos ouvidos...

O Palhaço
Mário Crespo - in JN 14.12.09

"O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço."

15 de dezembro de 2009

o som do momento

este post pode ser dividido em duas partes distintas. por um lado the xx, uma das mais recentes coqueluches do new wave londrino, que no seu myspace classificam as suas influências de um modo bem transversal, ou devo dizer eclético? aqui fica a transcrição deles próprios: Aaliyah to CocoRosie, Rihanna to The Cure, Missy Elliott to Chromatics, The Kills to Ginuwine, Pixies to Mariah Carey and Justin Timberlake to Tracy + the plastic
do outro lado, mas sem dúvida à custa do mesmo momento, uma das ruivas mais originais de 2009 florence and the machine, trazem-nos aqui este you've got the love, que da versão da menina, rapidamente degenerou em variados remixes, com este dos xx a ter lugar de destaque.
contrariando a aparente ordem das coisas, primeiro a versão dos xx (o verdadeiro som do momento) e em seguida a versão da menina ao vivo a mostrar que para existir um bom remix, tem de existir uma forte base, precisamente na base da coisa! porque me apetece hoje...




esta amostra de luz, teve como seria de esperar pelo post anterior, o alto patrocínio dos bons rapazes da 3!


mas não consigo mesmo parar de ouvir os the xx, e assim sendo, cá vai mais um: cryztalised

obrigado!

se não fossem os bons rapazes a aquecerem-me a alma neste dia de treta, já tinha cortado os pulsos...
viva o podcast!

5 de dezembro de 2009