19 de setembro de 2009

"vou para casa..."

estava eu hoje a saborear uns resquícios de sol na esplanada, junto ao mar esta tarde, quando eis que de repente a minha paz foi perturbada pela campanha eleitoral. por entre as páginas do livro que lia, começo a ver uma pequena multidão rodeada por jornalistas a vir na direcção do meu refúgio... lá se foi o sossego, era o PP com o paulo portas, em plena campanha eleitoral! felizmente, o nosso antigo ministro da defesa, decidiu entrar para beber uma água no café ao lado (conforme ouvi um dos seus assessores a indicar-lhe). como uma desgraça nunca vem só, quase de imediato uma militante do PP tenta oferecer-me uma bandeira do mesmo (recusei claro!), mas esqueceu-se de me oferecer o programa da respectiva candidatura que segurava na outra mão(que teria aceite, até porque sempre seria leitura), talvez por ter visto que existia uma super bock na minha mesa, meia bebida, e deve ter achado que só poderia ser de esquerda... mas eis que o meu momento zen do dia continua a ser perturbado, com a chegada do MMS! o candidato pelo distrito de aveiro, parou o carro na marginal, ligou o P.A. e começou um discurso empolgado, muito ao género de obama, o que surpreendia os que por ali passeavam... quando veio cumprimentar o povo, parou na minha mesa, parei de ler e amavelmente cumprimentei-o. não resisti a dar-lhe os parabéns em jeito de provocação é certo, pela postura one man show, e educadamente desejei-lhe uma boa campanha eleitoral, dando a entender que já tinha recebido a mensagem e que queria continuar a ler tranquilamente o meu livro, e assim foi. pelo menos durante dois minutos, pois de imediato comecei a ouvir em grande volume a música para o espectáculo piro-musical da festa aqui da terra, que é acontece hoje... mas este pessoal não sabe que existe uma lei do ruído... estava eu já disposto a abstrair-me dos ensaios para a festa de hoje e voltar à leitura e eis que me aparece a juventude popular aqui da terra a impingir mais um panfletozito (desta vez uma fotocópia a4 a preto e branco, dobrada a meio). recusei o panfleto, mas eis que um dos jovens pp (o único que não trazia uma camisola pelas costas) e que conheço vagamente e de raspão, me forçou a pegar naquilo...
são perturbações a mais para quem só queria passar uma tarde a ler um livro tranquilamente junto ao mar! como resultado, desisti e vim para casa...
o que estava eu a ler? admirável mundo novo, da autoria de aldous huxley... o que não deixa de ser curioso, não?

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