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O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço."
esta amostra de luz, teve como seria de esperar pelo post anterior, o alto patrocínio dos bons rapazes da 3!
kap bambino
...mas os copos de tinto a 2€ foram a estrela da noite!
momento feeling good, embalados por... nina simone, because it's a new day, it's a new life!
este starlight não poderia faltar, porque you electrify my life muse! numa perspectiva que mostra bem a entrega do público presente no atlântico ontem.
para acabar (podia ter durado mais duas horas e ninguém arredaria pé dali de certeza), toda a pujança do knights of cydonia!
regresso em comboio especial, com destino a porto campanhã, com paragem em múze...
eis ainda o alinhamento do que foi tocado nesta noite:
Uprising, Resistance, New Born, Map of the Problematique, Supermassive Black Hole, MK Ultra, Hysteria, United States of Eurasia, Feeling Good, Guiding Light, Undisclosed Desires, Starlight, Plug In Baby, Time Is Running Out, Unnatural Selection, Exogenesis: Symphony Pt 1: Overture, Stockholm Syndrome e Knights of Cydonia
alguns dias depois....
os muse estão confirmados como cabeça de cartaz para dia 27 de maio de 2010, no rock in rio (em lx). mas para este tipo de situação já me começa a fazer muita comichão... rock in rio? nããããããã! mas se alguém estiver interessado, já sabe onde os encontrar para mais uma epifania musical...
bat for lashes - myspace
para aqueles que andam a perder os episódios na rtp2 (de segunda a sexta, pelas 00:30), podem sempre ver pedaços dos episódios no youtube! um abraço para essa grande bicha carlos ruth, esse grande macho!!
video 2
video 3
twitch > convulsao, estremecimento, tique, crispacao, puxo; puxar, crispar, contrair, repuxar
as chicks on speed fizeram parte da banda sonora de muitas festas dos meus tempos de faculdade. este vídeo é delicioso, porque conta com a participação da peaches, assumindo o papel de old school do género, ela que até toca guitarra. ainda numa versão mais potente e agressiva, eis o link para uma actuação ao vivo das meninas e tudo porque as meninas don't play guitars!
We always thought that we were not a rock n roll band but it sure feels
like rock n roll over here tonight
we don't play guitars
we're standing on stage with our microphones, but we don't play guitars
got the sherman up here with us, no we don't play guitars
we don't play guitars
can you play guitar?
we don't play guitars
said can you play guitar?
we don't play guitars
we don't play guitars
we're standing on stage with a microphone but we don't play guitars
got the sherman up here with us, no we don't play guitars
we don't play guitars
we don't play guitars
said can you play guitar?
we can go shopping in the supermarket but we don't play guitars
we shop more than other people, we don't play guitars
can you play guitar?
can you play guitar?
were standing in tobi's studio but we don't play guitars
neither do kiki or melissa
no we don't play guitars
we like to use gaffa tape but we don't play guitars
give us your gaffa tape, we don't want your guitars
we don't play guitars
we don't play guitars
no we don't play guitars
(peaches): you may not play guitars but I do!
you know, maybe c.o.s don't play guitars but
p.e.a.c.h.e.s plays guitar
I play guitar, that's right
I play guitar
well you may not play guitar but I play guitar
and I love it!
we like using gaffa tape but we don't play guitars
give us your gaffa tape cos we don't play guitars
can you play guitar?
we don't play guitars
we don't play guitars
we don't play guitars
we don't play guitars
enquanto fumava um cigarro lá fora onde está calor, veio-me esta música e este vídeo à cabeça. neste regresso após um belíssimo periodo de férias, esta é uma banda sonora mais do que ajustada à vidinha profissional insignificante, que tanto eu, como a maioria dos que me rodeiam vivem de segunda a sexta. trabalhos sedentários, repetitivos, à sombra de uma qualquer multinacional norte-americana, onde o nosso cubículo ferve com o calor das máquinas. neste mesmo momento tenho a mão esquerda a escaldar, por causa do maldito sobreaquecimento do meu portátil. apesar de ser agosto, os negócios até aparecem, o que ajuda a entidade negra dominante aqui da zona, a não apertar muito comigo.
quanto à música, lembra-me os tempos em que as preocupações eram menos do que agora e onde achava que jamais me veria preso a um trabalho destes... como as pessoas se enganam quando são jovens! royksopp, remind me é daqueles temas que ouvi até à exaustão, mas que estranhamente acabei por esquecer. ajustado sem dúvida ao estado actual da minha vida neste trabalho que tem dias menos miseráveis que outros (se tudo correr como o planeado, amanhã será menos miserável que hoje).
ainda da autoria dos mesmos, não posso deixar de sugerir mais outra música, que também acabou por se assumir a par deste remind me, como uma das referências musicais destes - poor leno.
conto em breve publicar aqui algumas das imagens de uma segunda visita a barcelona, que desta vez teve um sabor gourmet! mas sobre isso falarei e recordarei noutra altura...
remind me... remind me...